mardi 4 octobre 2016

Guiné Equatorial e Gabão

Guiné Equatorial e Gabão

teodoro-obiang

Poucas coisas unem as duas nações, além das fronteiras e do idioma comum (o francês). Dentre elas, o fato de ambos serem ditaduras é provavelmente o mais relevante, uma vez que seu vizinho maior, o Congo, encontra-se na mesma situação, demonstrando o clima nada estável pelo qual vive a região (próxima também a Angola).
Ambas as ditaduras possuem histórias distintas. No Gabão, Ali Bongo é oficialmente o “presidente eleito” e seu pai, Omar Bongo, governou o país durante 42 anos. Na Guiné Equatorial, Teorodo Obiang é ele próprio o ditador há 36 anos.
Com a riqueza do petróleo, que torna ambos o 1º e o 3º maior PIB per capita do continente respectivamente, ambos os países são propícios para se fazer negócios.
Citada na 14ª fase da Operação lava jato (a Operação Triplo X), a Guiné Equatorial é mais conhecida por aqui pela sua participação no carnaval carioca, quando financiou o desfile da Beija-Flor.
Em uma tacada só, perdoando US$ 900 milhões em dívidas de diversos países africanos, a presidente Dilma anistiou ambos os países de suas dívidas. Não mais do que algumas semanas depois do ocorrido, o filho do ditador Teodorín Obiang foi visto em Paris, onde teria gasto em uma única noite na casa de leilões Christie’s duas vezes mais do que a dívida perdoada pelo governo brasileiro.
O governo que vive destacando a importância que dá aos valores democráticos, não perde tempo antes de fazer alianças políticas e econômicas com algumas das ditaduras mais perversas do planeta.

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